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sábado, 28 de novembro de 2020

Advento: 8 sugestões para a catequese em família

Olá catequistas!

O Blog Catequese com Crianças, vem trazendo novidades para desenvolvermos um trabalho junto às famílias sobre o ADVENTO. Precisamos incentivar as famílias a se unirem em oração, praticar o amor ao próximo e acolher com fé a chegada do Menino Jesus. Nós catequistas precisamos resgatar nas famílias o verdadeiro sentido do Natal, da oração em família, da solidariedade com os mais necessitados. Vivemos tempos que tudo isso está se perdendo, por isso precisamos estimular a volta de todos esses valores cristãos. Vamos para as sugestões:

1º PASSO: Como vocês contarão com o apoio das famílias, devido o momento que vivemos, oriente-as o que significa o ADVENTO.

Texto orientador:


2º PASSO: Disponibilize para as famílias "Os 10 mandamentos do Advento" para que elas possam fazer a leitura e reflexão de cada missão a ser feita durante o Advento.
3º PASSO: Aconselhe aos pais a fazerem em família os propósitos todos os dias durante o Advento. Ao realizá-los terão a certeza que esperar a vinda do Menino Jesus e acolhe-lo é preciso preparar a casa, tirar as discussões, a ira, as desavenças e dar espaço a vida em família com amor, paz, humildade, harmonia e fé. Vejam as sugestões:
4º PASSO: Enquanto vão colocando os propósitos do Advento em prática, escolha um cantinho da casa e prepare-o especialmente para comemorar o Natal, a chegada do Menino Jesus, para as orações, etc. Vejam as sugestões que vocês podem construir em família de maneira simples, pois Cristo é simples, ama quem vive em humildade.

Sugestão 1:  A catequista Isabel compartilhou no grupo do Facebook esse lindo pote. Pode ser um pote de azeitona, enfim, o importante é reciclar. Enfeite-o da melhor maneira possível, depois copie todos os propósitos a serem praticados no Advento, recorte, dobre e coloquem dentro do pote. Todos os dias vá até o pote e tire um propósito do Advento para ser praticado pela família.



Sugestão 2: Se não tiver um presépio e nem dinheiro para comprar, não fique triste. Confeccione com materiais fáceis que você tem em casa.


Sugestão 3: Coroa do Advento feita com as mãozinhas. Faça com as mãos de todos da família. Vejam o exemplo: 
(Google imagens)
Sugestão 4: Não deixe de fazer a Novena de Natal. Vejam a sugestão da novena de Natal para as crianças. CLIQUE AQUI.

Compartilhe conosco as fotos de todos os trabalhos feitos em nosso grupo no Facebook. Para fazer parte CLIQUE AQUI.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Advento

O Tempo do Advento
1. História do Advento


Não é fácil precisar a história e o primitivo significado do Advento; além disso,as noticias sobre suas verdadeiras origens são parcas .É necessário distinguir elementos que dizem respeito a práticas ascéticas e a outras, de caráter estritamente litúrgico; um Advento que é preparação para o Natal e um Advento que celebra a vinda gloriosa de Cristo ( Advento escatológico). No Oriente, permaneceu quase ignorado um período de preparação ao Natal.



Portanto, o Advento é próprio do Ocidente. São descartadas totalmente as teorias que atribuem o Advento a São Pedro e sua existência aos tempos de Tertuliano e São Cipriano.O testemunho mais antigo encontra-se em uma passagem de Santo Hilário (por volta de 366)que diz:"Sancta Mater Ecclesia Salvatoris adventus annuo recursu per trium septimanarum sacretum spatium sivi indicavit"(CSEL,65,16)"A santa mãe igreja oferece um espaço sagrado de três semanas por ano para a vinda do Salvador" .



O duplo caráter do Advento, que celebra a espera do Salvador na glória e a sua vinda na carne,emerge das leituras bíblicas festivas .O primeiro domingo orienta para parusia final,o segundo e o terceiro chamam a atenção para a vinda cotidiana do Senhor; o quarto domingo prepara-nos para a natividade de Cristo ao mesmo tempo fazendo dela a teologia e a história. Portanto, a liturgia contempla ambas as vindas de Cristo, em íntima relação entre si. 



2. Espiritualidade do Advento



Toda a liturgia do Advento é apelo para se viver alguns comportamentos essenciais do cristão: a expectativa vigilante e alegre, a esperança, a conversão, a pobreza.



a) A expectativa vigilante e alegre caracteriza sempre o cristão e a Igreja, porque o Deus da revelação é o Deus da promessa, que manifestou em Cristo toda a sua fidelidade ao homem: "Todas as promessas de Deus encontram nele seu sim" ( 2 Cor 1,20). A esperança da Igreja é a mesma esperança de Israel, mas já realizada em Cristo. 



Os nossos primeiros irmãos na fé, como atesta a Didaqué, imploravam: "Que o Senhor venha e passe afigura deste mundo. Maranatha. Amém". Assim termina o livro do Apocalipse e toda a escritura:"Aquele que atesta essas coisas diz: Sim! venho muito em breve. Amém! Vem Senhor Jesus. A graça do Senhor Jesus esteja com todos. Amém"(Ap 22,20).



A expectativa vigilante é acompanhada sempre pelo convite à alegria. O Advento é tempo de expectativa alegre porque aquilo que se espera certamente acontecerá. Deus é fiel. A vinda do Salvador cria um clima de alegria que a liturgia do Advento não só relembra, mas quer que seja vivida.O Batista, diante de Cristo presente em Maria, salta de alegria no seio da mãe.O nascimento de Jesus é uma festa alegre para os anjos e para os homens que ele vem salvar (cf. Lc 1, 44.46-47; 2,10.13-14).



b) No Advento, toda a Igreja vive a sua grande esperança. O Deus da revelação tem um nome:"Deus da esperança"(Rm15,13).



Não é o único nome do Deus vivo, mas é um nome que o identifica como "Deus para conosco".O Advento é o tempo da grande educação à esperança: uma esperança forte e paciente; uma esperança que aceita a hora da provação, da perseguição e da lentidão no desenvolvimento do Reino; uma esperança que confia no Senhor e liberta das impaciências subjetivistas e do frenesi do futuro programado pelo homem.



Na convocação ao testemunho da esperança, a Igreja, no Advento, é confortada pela figura de Maria, a mãe de Jesus.Ela que "no céu, glorificada em corpo e alma, é a imagem e a primícia da Igreja...brilha também na terra como sinal de segura esperança e de consolação para o povo de Deusa caminho, até que chegue dia do Senhor" (cf. 2 Pd 3,10).



c) Advento ,tempo de Conversão. Não existe possibilidade de esperança e de alegria sem retornar ao Senhor de todo coração, na expectativa da sua volta.A vigilância requer luta contra o torpor e a negligência; requer prontidão e, portanto, desapego dos prazeres e bens terrenos. O cristão, convertido a Deus, é filho da luz e, por isso, permanecerá acordado e resistirá às trevas, símbolo do mal, pois do contrário corre o risco de ser surpreendido pela parusia. 



Esse comportamento de vigilante espera na alegria e na esperança exige sobriedade, isto é, renúncia aos excessos e a tudo aquilo que possa desviar-nos da espera do Senhor.A pregação do Batista, que ressoa no texto do evangelho do segundo domingo do Advento, é apelo para a conversão, a fim de preparar os caminhos do Senhor.



O espírito de conversão , próprio do Advento, possui tonalidades diferentes daquelas relembradas na Quaresma. A substância é essencialmente a mesma, mas, enquanto a Quaresma é marcada pela austeridade da reparação do pecado, o Advento é marcado pela alegria da vinda do Senhor.



d) Enfim, um comportamento que caracteriza a espiritualidade do Advento é o do pobre. Não tanto o pobre em sentido econômico, mas o pobre entendido em sentido bíblico: aquele que confia em Deus e apóia-se totalmente nele. Estes anawîm , como os chama a Bíblia, São os mansos e humildes , porque as suas disposições fundamentais são a humildade, o temor de Deus, a fé. 



Eles são objeto do amor benévolo de Deus e constituem as primícias do "povo humilde"( cf. Sf 3,12) e da "Igreja dos pobres" que o Messias reunirá. Jesus proclamará felizes os pobres e neles reconhecerá os herdeiros privilegiados do Reino, ele mesmo será pobre. Belém, Nazaré, mas sobretudo a cruz, são diversas formas com que Cristo manifestava-se como autêntico "pobre do Senhor". Maria emerge como modelo dos pobres do Senhor, que esperam as promessas de Deus, confiam nele e estão disponíveis, com plena docilidade, à atuação do plano de Deus. 
Autor: Padre Gian Luigi Morgano